Beatriz Milhazes
01 Dec 2007 - 26 Jan 2008
BEATRIZ MILHAZES
01.12.2007 - 26.01.2008
A Galeria Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar pinturas e colagens inéditas de Beatriz Milhazes. Neste conjunto de obras, a artista complexifica sua própria linguagem, fazendo um intercâmbio entre as duas técnicas.
Em seu percurso inquieto na “busca pela beleza”, Milhazes criou um léxico próprio, cercado de motivos ornamentais, mandalas, arabescos e psicodelia. Há alguns anos a artista passou a conjugar estas formas orgânicas com formas geométricas - listras que passeiam entre os fundos e os primeiros planos de suas composições, quadrados que delimitam planos, círculos que estabelecem ou deslocam o centro. Já a cor tem um papel estrutural na obra da artista, que lança mão de heterogêneas referências cromáticas como, por exemplo, o Carnaval, o movimento Tropicalista e a obra de Henri Matisse.
Cada uma das obras expostas “traz problemas plásticos singulares”, desafios que Milhazes se propõe para cada tela. Em Modinha, a artista faz alusão ao gênero pictórico da paisagem, sendo possível identificar, em meio às formas abstratas, espécies híbridas de plantas em primeiro plano, um horizonte e um amarelado sol poente ao fundo. Night Club possui um fundo de vermelhos profundos e tons fluorescentes pulsantes, com listras verticais de ressonância hipnótica. Em Mocotó vê-se um único corpo central roxo: uma zona escura que atua como espaço de mistério, no qual os olhos podem descansar, com um fundo quadriculado em que predomina o azul. Em Love, a artista deixa aparente um pedaço da tela crua, fazendo essa nudez interagir com o dourado intenso que preenche o fundo da tela.
Nas colagens, Milhazes utiliza papéis coloridos e estampados, embalagens de chocolates, balas e sacolas de lojas. Estas composições pop elogiam o excesso e a saturação. Somam-se à união de cores improváveis uma infinidade de texturas diferentes: brilhantes e opacas, rugosas e lisas, listradas, escritas, formando um vocabulário de efeitos pictóricos.
Beatriz Milhazes iniciou sua carreira em meados dos anos 1980. Desenvolveu ampla carreira internacional, representou o Brasil na 50. Biennale di Venezia em 2003, participou da Bienal de Shangai, China, em 2006 e das 24a e 26a Bienais de São Paulo em 1998 e 2004. Em outubro de 2008 terá uma mostra retrospectiva na Estação Pinacoteca em São Paulo com curadoria de Ivo Mesquita, e em 2009 na Fundation Cartier pour l’art contemporain em Paris. Suas obras figuram nas mais importantes coleções do mundo, como MoMA – Museum of Modern Art de Nova York; Museo Nacional Reina Sofia, Madrid e Metropolitan Museum of Art, Nova York. Seu trabalho Maresias, 2002, é capa do livro Art Now, vol. 2, coletânea que mapeia a produção artística contemporânea internacional, publicado pela Editora Taschen.
01.12.2007 - 26.01.2008
A Galeria Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar pinturas e colagens inéditas de Beatriz Milhazes. Neste conjunto de obras, a artista complexifica sua própria linguagem, fazendo um intercâmbio entre as duas técnicas.
Em seu percurso inquieto na “busca pela beleza”, Milhazes criou um léxico próprio, cercado de motivos ornamentais, mandalas, arabescos e psicodelia. Há alguns anos a artista passou a conjugar estas formas orgânicas com formas geométricas - listras que passeiam entre os fundos e os primeiros planos de suas composições, quadrados que delimitam planos, círculos que estabelecem ou deslocam o centro. Já a cor tem um papel estrutural na obra da artista, que lança mão de heterogêneas referências cromáticas como, por exemplo, o Carnaval, o movimento Tropicalista e a obra de Henri Matisse.
Cada uma das obras expostas “traz problemas plásticos singulares”, desafios que Milhazes se propõe para cada tela. Em Modinha, a artista faz alusão ao gênero pictórico da paisagem, sendo possível identificar, em meio às formas abstratas, espécies híbridas de plantas em primeiro plano, um horizonte e um amarelado sol poente ao fundo. Night Club possui um fundo de vermelhos profundos e tons fluorescentes pulsantes, com listras verticais de ressonância hipnótica. Em Mocotó vê-se um único corpo central roxo: uma zona escura que atua como espaço de mistério, no qual os olhos podem descansar, com um fundo quadriculado em que predomina o azul. Em Love, a artista deixa aparente um pedaço da tela crua, fazendo essa nudez interagir com o dourado intenso que preenche o fundo da tela.
Nas colagens, Milhazes utiliza papéis coloridos e estampados, embalagens de chocolates, balas e sacolas de lojas. Estas composições pop elogiam o excesso e a saturação. Somam-se à união de cores improváveis uma infinidade de texturas diferentes: brilhantes e opacas, rugosas e lisas, listradas, escritas, formando um vocabulário de efeitos pictóricos.
Beatriz Milhazes iniciou sua carreira em meados dos anos 1980. Desenvolveu ampla carreira internacional, representou o Brasil na 50. Biennale di Venezia em 2003, participou da Bienal de Shangai, China, em 2006 e das 24a e 26a Bienais de São Paulo em 1998 e 2004. Em outubro de 2008 terá uma mostra retrospectiva na Estação Pinacoteca em São Paulo com curadoria de Ivo Mesquita, e em 2009 na Fundation Cartier pour l’art contemporain em Paris. Suas obras figuram nas mais importantes coleções do mundo, como MoMA – Museum of Modern Art de Nova York; Museo Nacional Reina Sofia, Madrid e Metropolitan Museum of Art, Nova York. Seu trabalho Maresias, 2002, é capa do livro Art Now, vol. 2, coletânea que mapeia a produção artística contemporânea internacional, publicado pela Editora Taschen.