Manuel Vilariño
Terra Em Transe
14 May - 26 Jul 2009
Com Terra em Transe, premiado fotógrafo espanhol chega ao MASP
O fotógrafo e poeta Manuel Vilariño nunca expôs no Brasil, onde debuta em 14 de maio com Terra em Transe, no MASP, mostra com 21 obras de grandes proporções produzidas entre 1997 e 2007, período em que sua trajetória atraiu especial atenção e lhe rendeu, em 2007, o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha e a representação de seu país na Bienal de Veneza. Mestre na captação de imagens de natureza morta, numa expressão visual diretamente associada à sua poesia, Vilariño expõe pela 1a vez no Brasil, depois de passar por Uruguai e Paraguai, agora numa versão ampliada para o MASP, onde fica em cartaz de 14 de maio a 26 de julho.
À mostra vista nos países vizinhos serão acrescentadas as obras da série BWA, que documentam a memória xamânica a partir de uma estética próxima às naturezas mortas do barroco espanhol. Ganha destaque ainda a obra Paraíso Fragmentado (330 x 550 cm) que integrou a mostra do artista na Bienal de Veneza de 2007. Além de maior número de obras, a mostra no MSAP ganhará ainda uma montagem diferenciada, tomando por base dois eixos conceituais distintos: a natureza morta e a paisagem na aurora.
Revelando por meio da fotografia um mundo de solidão, reflexão e silêncio expressos em metáforas visuais e beleza estética – aspectos que o diferenciam na fotografia contemporânea – Manuel Vilariño tem hoje obras no acervo de instituições como o Museu de Arte Contemporânea de La Coruña, sua terra natal, o Reina Sofia, de Madri, e o Belas Artes de Houston, EUA. “Vilariño é um grande mestre da natureza morta, com uma obra caracterizada por uma grande intensidade poética”, escreve o curador da mostra Fernando Castro Flórez. “Este ‘feiticeiro’ que regressa, insistentemente, ao arquétipo da sombra realizou, nos últimos anos, fascinantes composições onde leva às suas essências esse gênero clássico utilizando elementos como uma vela, fruta ou pássaros enforcados”.
A Espanha no MASP
Esta é a terceira exposição de arte contemporânea espanhola que o museu paulista recebe desde o ano passado, quando apresentou, no início do ano, a mostra coletiva de fotografia Caçadores de sombras e, no meio do ano, Gordillo e Quejido, dois dos mais ativos e conceituados artistas da atualidade no país. O curador do MASP Teixeira Coelho, que promove o intercâmbio com artistas e instituições espanholas – inaugurado em 2007 com as gravuras de Goya, seguido das citadas exposições de arte contemporânea e de Desenhos Espanhóis do Século 20, da coleção Fundación Mafre – considera um avanço a parceria com a Espanha, cuja contrapartida permite colocar no circuito europeu parte do valioso acervo do MASP.
“A colaboração de organismos estatais espanhóis com o Brasil e, em particular com este museu, tem sido muito proveitosa e só ocorre em virtude do entendimento do governo espanhol de que deve apoiar a presença, além fronteiras, da arte feita em seu território. Sem esse apoio do poder público, incluindo a arte como componente da ação diplomática, nada de análogo aconteceria”, explica Teixeira Coelho. “No caso da Espanha, essa iniciativa demonstra ainda um tratamento diferenciado concedido à América Ibérica e à inclusão do Brasil, finalmente, no elenco dos países da região, encerrando um longo período de marginalização do maior país de fala portuguesa”.
O fotógrafo e poeta Manuel Vilariño nunca expôs no Brasil, onde debuta em 14 de maio com Terra em Transe, no MASP, mostra com 21 obras de grandes proporções produzidas entre 1997 e 2007, período em que sua trajetória atraiu especial atenção e lhe rendeu, em 2007, o Prêmio Nacional de Fotografia da Espanha e a representação de seu país na Bienal de Veneza. Mestre na captação de imagens de natureza morta, numa expressão visual diretamente associada à sua poesia, Vilariño expõe pela 1a vez no Brasil, depois de passar por Uruguai e Paraguai, agora numa versão ampliada para o MASP, onde fica em cartaz de 14 de maio a 26 de julho.
À mostra vista nos países vizinhos serão acrescentadas as obras da série BWA, que documentam a memória xamânica a partir de uma estética próxima às naturezas mortas do barroco espanhol. Ganha destaque ainda a obra Paraíso Fragmentado (330 x 550 cm) que integrou a mostra do artista na Bienal de Veneza de 2007. Além de maior número de obras, a mostra no MSAP ganhará ainda uma montagem diferenciada, tomando por base dois eixos conceituais distintos: a natureza morta e a paisagem na aurora.
Revelando por meio da fotografia um mundo de solidão, reflexão e silêncio expressos em metáforas visuais e beleza estética – aspectos que o diferenciam na fotografia contemporânea – Manuel Vilariño tem hoje obras no acervo de instituições como o Museu de Arte Contemporânea de La Coruña, sua terra natal, o Reina Sofia, de Madri, e o Belas Artes de Houston, EUA. “Vilariño é um grande mestre da natureza morta, com uma obra caracterizada por uma grande intensidade poética”, escreve o curador da mostra Fernando Castro Flórez. “Este ‘feiticeiro’ que regressa, insistentemente, ao arquétipo da sombra realizou, nos últimos anos, fascinantes composições onde leva às suas essências esse gênero clássico utilizando elementos como uma vela, fruta ou pássaros enforcados”.
A Espanha no MASP
Esta é a terceira exposição de arte contemporânea espanhola que o museu paulista recebe desde o ano passado, quando apresentou, no início do ano, a mostra coletiva de fotografia Caçadores de sombras e, no meio do ano, Gordillo e Quejido, dois dos mais ativos e conceituados artistas da atualidade no país. O curador do MASP Teixeira Coelho, que promove o intercâmbio com artistas e instituições espanholas – inaugurado em 2007 com as gravuras de Goya, seguido das citadas exposições de arte contemporânea e de Desenhos Espanhóis do Século 20, da coleção Fundación Mafre – considera um avanço a parceria com a Espanha, cuja contrapartida permite colocar no circuito europeu parte do valioso acervo do MASP.
“A colaboração de organismos estatais espanhóis com o Brasil e, em particular com este museu, tem sido muito proveitosa e só ocorre em virtude do entendimento do governo espanhol de que deve apoiar a presença, além fronteiras, da arte feita em seu território. Sem esse apoio do poder público, incluindo a arte como componente da ação diplomática, nada de análogo aconteceria”, explica Teixeira Coelho. “No caso da Espanha, essa iniciativa demonstra ainda um tratamento diferenciado concedido à América Ibérica e à inclusão do Brasil, finalmente, no elenco dos países da região, encerrando um longo período de marginalização do maior país de fala portuguesa”.