Candido Portinari
Séries Bíblica E Retirantes
18 Apr - 07 Jul 2013
As séries serão mostradas em sala especialmente desenhada, o que permite extrair todo o potencial formal e humano das obras. O conjunto abrange o período em que a denúncia social marcou a pintura de Candido Portinari, que reflete a situação brasileira a reboque das calamidades da guerra, que sensibilizaram tantos pintores europeus.
Apresentação pelo curador, Teixeira Coelho:
As obras aqui expostas põem em evidência os motivos pelos quais Portinari foi considerado um dos pintores brasileiros por excelência da primeira metade do século XX.
A série Bíblica foi executada entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. São oito telas de grandes dimensões que ilustram passagens do Velho e do Novo Testamento.
A marca de Guernica - feita por Picasso em 1937 em reação à destruição daquela cidade basca pela aviação alemã com a cumplicidade da própria ditadura espanhola à época, encabeçada por Franco - é evidente e nunca foi negada por Portinari. Ele de fato quis pintar como Picasso naquela tela, por ele vista em Nova York por ocasião de sua estada em Washington com a finalidade de realizar painéis para a Biblioteca do Congresso. Guernica, hoje no Reina Sofia de Madrid, causou forte impacto sobre Portinari e o levou a adotar e adaptar o estilo do colega espanhol.
A série seguinte, Retirantes, foi produzida entre 1944 e 1945. Das cinco pinturas iniciais, o MASP tem estas três – que deixam de lado o estilo da série anterior em busca de outra linguagem, mais próxima da adotada pelos muralistas expressionistas mexicanos Orozco e Siqueiros.
Mostradas em conjunto, estas onze peças são um exemplo singular da arte pública engajada que, à época, se identificava com a vanguarda política e estética.
Apresentação pelo curador, Teixeira Coelho:
As obras aqui expostas põem em evidência os motivos pelos quais Portinari foi considerado um dos pintores brasileiros por excelência da primeira metade do século XX.
A série Bíblica foi executada entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. São oito telas de grandes dimensões que ilustram passagens do Velho e do Novo Testamento.
A marca de Guernica - feita por Picasso em 1937 em reação à destruição daquela cidade basca pela aviação alemã com a cumplicidade da própria ditadura espanhola à época, encabeçada por Franco - é evidente e nunca foi negada por Portinari. Ele de fato quis pintar como Picasso naquela tela, por ele vista em Nova York por ocasião de sua estada em Washington com a finalidade de realizar painéis para a Biblioteca do Congresso. Guernica, hoje no Reina Sofia de Madrid, causou forte impacto sobre Portinari e o levou a adotar e adaptar o estilo do colega espanhol.
A série seguinte, Retirantes, foi produzida entre 1944 e 1945. Das cinco pinturas iniciais, o MASP tem estas três – que deixam de lado o estilo da série anterior em busca de outra linguagem, mais próxima da adotada pelos muralistas expressionistas mexicanos Orozco e Siqueiros.
Mostradas em conjunto, estas onze peças são um exemplo singular da arte pública engajada que, à época, se identificava com a vanguarda política e estética.