Mercedes-Benz De Artes Visuais 2012
21 Dec 2012 - 07 Apr 2013
Os vencedores da 1a edição do Prêmio MASP Mercedes-Benz de Artes Visuais 2012, Anna Maria Maiolino e Paulo Nazareth apresentam sua obra no MASP.(imagem:Paulo Nazareth)
Prêmio Masp Mercedes-Benz De Artes Visuais 2012
Com a proposta de reconhecer o que há de mais significativo no cenário da arte contemporânea brasileira, o Prêmio MASP Mercedes-Benz de Artes Visuais dá início à exposição com os trabalhos de seus premiados na primeira edição, em junho último. Anna Maria Maiolino e Paulo Nazareth, premiado como Talento Emergente, trazem ao mezanino e subsolo do museu duas exposições com obras que foram referência para a decisão do júri além de obras inéditas, que ficam em cartaz de 21 de dezembro a 7 de abril próximos.
O curador do MASP, Teixeira Coelho, espera que o prêmio sirva para retomar uma tradição nas artes visuais do país. “Prêmios têm o mérito de dinamizar a cena artística de um determinado momento. O mundo reconhece que prêmios são importantes”, diz. Os valores destinados aos artistas somaram R$ 270 mil, sendo R$ 70 mil para o Talento Emergente, tornando assim uma das principais premiações em todo o mundo. Presidido por Coelho, o júri da primeira edição reuniu Chris Dercon, diretor da Tate Modern (Londres), José Roca, curador da última edição da Bienal do Mercosul 2011 e curador de arte latino-americana da Tate Modern, Moacir dos Anjos (Itaú Cultural, Bienal do Mercosul, Panorama da Arte Brasileira do MAM-SP) e Paulo Herkenhoff (Documenta de Kassel, Bienal de SP).
Anna Maria Maiolino trará ao MASP algumas de suas principais obras ao longo de seus 50 anos de carreira. São cerca de 300 m2 que receberão conjuntos de obras da série: Novas Mídias, realizadas com fotografias, super-8 transcritos em vídeo, vídeos digitais, sons e instalações. Na abertura da mostra será lançado o livro Anna Maria Maiolino (Cosac Naify), organizado por Helena Tatay. A obra traz um panorama da produção da artista desde seus primeiros trabalhos até suas mais recentes instalações. O lançamento será no vernissage da mostra, dia 19 de dezembro.
Italiana naturalizada brasileira, a artista realiza sua obra com diversas mídias. "Mudar de suporte estende o discurso da obra e acresce-a de novos significados", diz. Em 1967, participou com Hélio Oiticica da exposição Nova Objetividade Brasileira, que reuniu diferentes vertentes das vanguardas nacionais – arte concreta, neoconcretismo e nova figuração. Assina o manifesto Declaração dos Princípios Básicos da Vanguarda.
Em 1989, a ABCA destaca sua obra com o prêmio Mario Pedrosa, por sua mostra no Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Em 1994, recebe o prêmio Pesquisa de Linguagem da APCA pela exposição Um, Nenhum Cem Mil, no Gabinete de Arte Raquel Arnaund, São Paulo. Em 2010, a Fundação Antoní Tàpies de Barcelona, Espanha, realiza uma grande retrospectiva da sua obra. Atualmente, expõe na 13a Documenta de Kassel, na Alemanha, com a instalação Here & There.
Paulo Nazareth apresenta trabalhos realizados ao longo dos dois últimos anos, em especial da série Notícias de América, performance realizada quando partiu de sua casa em Palmital, Minas Gerais, destinado a participar da Art Basel Miami, a mais importante mostra de arte dos Estados Unidos. Entre caronas e caminhadas, foram 700 km a pé, num trajeto que levou seis meses e 15 dias. Sem ter lavado os pés, Nazareth transformou a sujeira acumulada em obra de arte: levou poeira de cada cidade que passou até Nova York, e lá banhou os pés no rio Hudson. Gravuras e instalações completam a mostra.
Paulo Nazareth vive e trabalha mundo afora. Incorpora a ideia do artista como uma espécie de conector, um decodificador performativo ou porta para outras compreensões do existir. Seus trabalhos estão relacionados à raça, ideologia, diferenças sociais, desenvolvimento e são sempre sustentados por uma visão categórica da vida ética em si – que coloca em relevo os laços afetivos que ligam a vida individual à vida coletiva, este momento ao próximo, o particular ao universal.
Com a proposta de reconhecer o que há de mais significativo no cenário da arte contemporânea brasileira, o Prêmio MASP Mercedes-Benz de Artes Visuais dá início à exposição com os trabalhos de seus premiados na primeira edição, em junho último. Anna Maria Maiolino e Paulo Nazareth, premiado como Talento Emergente, trazem ao mezanino e subsolo do museu duas exposições com obras que foram referência para a decisão do júri além de obras inéditas, que ficam em cartaz de 21 de dezembro a 7 de abril próximos.
O curador do MASP, Teixeira Coelho, espera que o prêmio sirva para retomar uma tradição nas artes visuais do país. “Prêmios têm o mérito de dinamizar a cena artística de um determinado momento. O mundo reconhece que prêmios são importantes”, diz. Os valores destinados aos artistas somaram R$ 270 mil, sendo R$ 70 mil para o Talento Emergente, tornando assim uma das principais premiações em todo o mundo. Presidido por Coelho, o júri da primeira edição reuniu Chris Dercon, diretor da Tate Modern (Londres), José Roca, curador da última edição da Bienal do Mercosul 2011 e curador de arte latino-americana da Tate Modern, Moacir dos Anjos (Itaú Cultural, Bienal do Mercosul, Panorama da Arte Brasileira do MAM-SP) e Paulo Herkenhoff (Documenta de Kassel, Bienal de SP).
Anna Maria Maiolino trará ao MASP algumas de suas principais obras ao longo de seus 50 anos de carreira. São cerca de 300 m2 que receberão conjuntos de obras da série: Novas Mídias, realizadas com fotografias, super-8 transcritos em vídeo, vídeos digitais, sons e instalações. Na abertura da mostra será lançado o livro Anna Maria Maiolino (Cosac Naify), organizado por Helena Tatay. A obra traz um panorama da produção da artista desde seus primeiros trabalhos até suas mais recentes instalações. O lançamento será no vernissage da mostra, dia 19 de dezembro.
Italiana naturalizada brasileira, a artista realiza sua obra com diversas mídias. "Mudar de suporte estende o discurso da obra e acresce-a de novos significados", diz. Em 1967, participou com Hélio Oiticica da exposição Nova Objetividade Brasileira, que reuniu diferentes vertentes das vanguardas nacionais – arte concreta, neoconcretismo e nova figuração. Assina o manifesto Declaração dos Princípios Básicos da Vanguarda.
Em 1989, a ABCA destaca sua obra com o prêmio Mario Pedrosa, por sua mostra no Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Em 1994, recebe o prêmio Pesquisa de Linguagem da APCA pela exposição Um, Nenhum Cem Mil, no Gabinete de Arte Raquel Arnaund, São Paulo. Em 2010, a Fundação Antoní Tàpies de Barcelona, Espanha, realiza uma grande retrospectiva da sua obra. Atualmente, expõe na 13a Documenta de Kassel, na Alemanha, com a instalação Here & There.
Paulo Nazareth apresenta trabalhos realizados ao longo dos dois últimos anos, em especial da série Notícias de América, performance realizada quando partiu de sua casa em Palmital, Minas Gerais, destinado a participar da Art Basel Miami, a mais importante mostra de arte dos Estados Unidos. Entre caronas e caminhadas, foram 700 km a pé, num trajeto que levou seis meses e 15 dias. Sem ter lavado os pés, Nazareth transformou a sujeira acumulada em obra de arte: levou poeira de cada cidade que passou até Nova York, e lá banhou os pés no rio Hudson. Gravuras e instalações completam a mostra.
Paulo Nazareth vive e trabalha mundo afora. Incorpora a ideia do artista como uma espécie de conector, um decodificador performativo ou porta para outras compreensões do existir. Seus trabalhos estão relacionados à raça, ideologia, diferenças sociais, desenvolvimento e são sempre sustentados por uma visão categórica da vida ética em si – que coloca em relevo os laços afetivos que ligam a vida individual à vida coletiva, este momento ao próximo, o particular ao universal.